sábado, 23 de novembro de 2013


"Ser diretor e fotógrafo ao mesmo tempo é a assumir a paternidade de fato. Nessa condição, fiz curtas e médias metragens, nunca longas. Mas no caso, não tenho nada pensado. Aliás, venho pensando no que venho fazendo há muito pouco tempo. Quero dizer que era um impulso mesmo, como uma fera qualquer que quisesse arrebentar a minha pele e sair pra fora. Era necessário que eu falasse, era um impulso. Nisso, a câmera virou um instrumento, minha arma de guerra. Então, aprendi a fazer dela a expressão do meu olho e da minha consciência. Então ela ficou uma parte colada na minha pele. Virou um impulso e eu poucas vezes refleti sobre isso. É tão fácil estender a minha mão, apanhar o instrumento de minha consciência e ir com ele, chorar com ele. Uma coisa natural."

(Entrevista de Raulino para a Filme Cultura, não incluída no catálogo do Forum)

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